A Feline Leukemia Vírus (FeLV), popularmente conhecida como a Leucemia Felina é uma doença infecciosa causada por um retrovírus, considerada uma das doenças mais graves e que atinge exclusivamente os felinos.
Saiba mais sobre a leucemia felina
A leucemia felina é uma doença altamente contagiosa que compromete o sistema imunológico de gatos domésticos e eventualmente felinos selvagens, deixando-os vulneráveis a outras doenças.
O retrovírus FeLV está associado a doenças degenerativas, como leucemia e linfomas, e é capaz de desenvolver tumores.
A incidência desta doença ainda não é bem definida, ainda assim, existem diversos estudos que apontam a frequência do vírus em determinadas regiões do Brasil.
O aparecimento do vírus varia consideravelmente de acordo com cada região do país, sendo encontrados cerca de 47% de amostras positivas no estado de Minas Gerais, seguido de 38% e 6,16% no Rio Grande do Sul e em São Paulo, respectivamente. Os dados são de publicação de março de 2019 da Revista Acadêmica Pubvet.
Entenda as causas e os sintomas da doença
A leucemia felina é transmitida através do contato de gatos saudáveis com a saliva, fezes, urina e outras secreções de um gato doente. A transmissão também pode ocorrer através do compartilhamento de tigelas de comida e água.
Além destas, existe a transmissão de mãe para filho ainda no útero, através do parto ou por meio da amamentação, infectando os filhotes que acabam desenvolvendo doenças relacionadas com o vírus.
O predomínio da doença ocorre em gatos de rua, e os fatores de risco mais associados ao FeLV são o acesso à rua, idade jovem, sexo masculino e condições de higiene ruins.
Sabe-se que a incidência em gatos jovens de até 12 semanas são maiores do que em gatos com mais de 16 semanas de vida.
A leucemia felina agride diretamente o sistema imunológico do pet, mas os sintomas podem variar de acordo com cada felino, isso porque alguns gatos podem permanecer assintomáticos durantes anos. Já outros, podem desencadear sintomas variados, tais como:
– Anemia
– Perda de peso
– Diarréia
– Febre
– Vômitos
Por isso, qualquer anormalidade que for percebida na saúde do gato, é necessário a buscar por auxílio de médicos veterinários, pois somente através de exames laboratoriais específicos é possível diagnosticar a doença.
Como tratar e proteger o seu pet
Infelizmente, a leucemia felina não tem cura, mas existe tratamento para alguns casos, dependendo dos cuidados adotados e qual o tipo de manifestação da doença, sendo divididas em três categorias que determinam a gravidade da doença:
Progressiva: Essa categoria, que também pode ser denominada como “viremia persistente”, revela o aparecimento de diversos sintomas, significando que o sistema imunológico do gato já está infectado em não possui capacidade de eliminar a doença.
Regressiva: Quando a doença é classificada na categoria regressiva, ou também conhecida como “viremia transitória”, significa que o gato é diagnosticado como portador da doença, mas ela não se expande.
Isso ocorre quando o sistema imunológico do felino consegue defender-se contra a doença, acelerando a eliminação do vírus do corpo ainda na fase inicial, erradicando a doença em pouco tempo e possibilitando a continuação de uma vida normal. A categoria “regressiva” refere-se em média, a 30% dos casos de leucemia felina.
Latência: A latência ocorre quando o felino é portador da doença, mas não possui sintomas e a mesma não aparece em exames específicos. Isso acontece quando a doença fica armazenada na medula óssea do pet, podendo causar diversos outros problemas de saúde ao felino.
Não há cura, mas é possível prevenir
Apesar de não possuir uma cura existente para FeLV, os gatos acometidos pela doença podem ser encaminhados a uma série de tratamentos que poderão amenizar os sintomas e promover alguma qualidade de vida.
Muitas vezes, indica-se transfusões sanguíneas e sessões de quimioterapia, aliados a medicações que aumentam a imunidade do gato.
Também é possível solicitar um exame denominado “ELISA”, que aponta se o seu gato está livre ou não da presença da doença.
Aqueles que possuem maior número de gatos em casa, é recomendado utilizar potes de água e comida individuais, além de manter sempre um ambiente limpo e saudável aos pets, oferecendo rações de qualidade e evitando alimentos humanos, como carnes e ovos crus.
A melhor forma de cuidar do seu pet ainda é a prevenção! É fundamental que os tutores busquem a vacina para gatos, visando diminuir a incidência da FeLV e a certeza do bem estar do seu pet.
A primeira dose da vacina contra o vírus da FeLV é realizada ainda nos gatos filhotes, com cerca de 9 semanas de vida, seguidas por reforços anuais.
Além da vacina, em alguns casos indica-se a castração para medida de prevenção, pois a mesma acaba inibindo alguns comportamentos, como a fuga.
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